Blog da Produttare
O domínio de seus custos e de suas margens do negócio é de enorme importância para as organizações na construção de suas estratégias de vendas e rentabilidade.
Contudo, muitas organizações sofrem com uma gestão de custos imatura, enfrentando desconhecimento e a imprecisão na definição dos seus custos, assim como falta de agilidade e confiabilidade nos processos de orçamento.
Neste vídeo, Alexandre Schwanke, consultor de custos da Produttare, explica a importância de possuir uma boa metodologia na gestão de custos das organizações, além de explicar quais os pilares e as regras que a compõem.
O vídeo foi extraído do evento on-line "A Gestão dos Custos em tempos de crise". Clique aqui para assistir ao webinar na íntegra.
Gestão de custos e a importância da metodologia
Um sistema de custos bem estruturado, por meio da combinação de metodologias, processos, ferramentas e softwares, permite que a organização apure e conheça melhor os seus números. Desta forma, as empresas agregam confiabilidade na informação, auxiliando na tomada de decisão e, consequentemente, impactando no seu resultado econômico.
A gestão de custos não é de responsabilidade somente da Controladoria ou da Contabilidade, mas de todas as áreas da empresa, tais como Produção, Engenharia e Comercial. Por envolver inúmeras variáveis que se inter-relacionam através de todas as áreas da empresa, o sistema de custeio acaba se tornando complexo, comprometendo o nível de maturidade da gestão de custos em diversas organizações.
Com isso, os problemas mais recorrentes numa organização em relação à gestão de custos são:
- Algoritmo de cálculo dos sistemas de custeio baseados em médias;
- Informações imprecisas e falta de comunicação entre as áreas;
- Falta de entendimento sobre a metodologia de apuração e a apropriação de custos e margens.
Pilares de um sistema de custeio e precificação
Considerando as boas práticas de custos, um sistema de custeio e precificação deve ser representado por cinco pilares:
- Práticas – apoiado por metodologia e ferramentas;
- Processos – para aplicação das práticas do pilar anterior. Envolve processos integrados e simplificados;
- Comunicação – comunicação padronizada, uniforme e com confiabilidade das informações entre as áreas;
- Treinamento – aculturamento e conscientização sobre a importância de custos e todo o ciclo do produto;
- Gestão – envolvendo controle e indicadores para acompanhamento do que acontece dentro da organização.
Na formação de preços, mesmo considerando que estes são determinados pelo mercado, a área Comercial necessita de um modelo robusto e confiável para conhecer suas margens e definir estratégias de vendas. Esse modelo deve levar em consideração regras oriundas de quatro principais áreas da empresa:
- Comercial – nesta área são definidas as regras de negócio como estratégias, segmentos e variáveis de preços;
- Engenharia do produto – nesta área são formadas as regras de produto como estrutura de produtos, quantitativos e modularidade dos produtos;
- Engenharia de processos – nesta área são definidas as regras de processos como roteiros, operações e tempos;
- Custos – onde são utilizadas as regras de custos, apoiadas por princípios e métodos, que combinam as informações das demais áreas.
Gestão de custos no ciclo de vida do produto
Na gestão de custos associada ao ciclo de vida do produto, tem-se o produto no espaço-tempo como um grande agregador de informações, que se inicia na cadeia de suprimentos, passa pelos processos internos (custos e formação de preços) e finaliza na gestão de portfólio de todos os produtos da empresa.
O mercado possui diversas ferramentas para auxiliar na gestão do ciclo de vida do produto, gerando informações de custos ao longo de toda cadeia de valor, como por exemplo o Teamcenter da Siemens.
Resultados a partir da implantação de uma gestão de custos
Uma boa gestão de custos pode gerar diversos ganhos para as organizações, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte.
Os principais resultados observados são:
- Simplificação da gestão - integração e padronização dos sistemas de informações;
- Precisão e transparência nos custos - Projeções de resultados econômico-financeiros e simulação de cenários;
- Padronização dos processos - melhoria na comunicação entre as áreas e integração de processos;
- Agilidade na tomada de decisão - melhoria na competitividade da empresa e maximização do resultado.
No vídeo, Schwanke apresenta alguns comentários de empresas que implantaram uma gestão de custos madura e obtiveram ganhos significativos.