Blog da Produttare
Confira a apresentação de Junico Antunes, CEO da Produttare, sobre como as organizações devem se planejar para avançarem nos seus processos de transformação digital.
As empresas estão buscando ganhos de performance através da digitalização em todas as atividades de sua cadeia de valor. Contudo, muitas se deparam com ferramentas e conceitos novos, enfrentando dificuldades para iniciar a sua jornada digital.
Neste vídeo, Junico apresenta o que é necessário para a transformação digital de uma organização, o modelo de referência utilizado e sua conexão com a engenharia de produção lucrativa.
O vídeo foi extraído do evento on-line "A importância do planejamento na jornada da digitalização", no qual Alexandre Gewehr, IT Manager - Manufacturing Business Partner da AGCO, aborda a história da digitalização no Brasil e no mundo, apresentando alguns casos. Clique aqui para assistir ao webinar na íntegra.
O que é necessário para a transformação digital de uma organização?
As empresas tradicionais estão buscando a modernização de seus processos para alcançar um modelo de gestão cada vez mais digitalizado.
Para que possam migrar de operações “analógicas” para “digitais”, em primeiro lugar é necessário conhecer os sistemas de negócios e de produção, analisá-los criticamente e melhorar seus processos. Digitalizar processos sem antes redesenhá-los pode gerar mais perdas do que ganhos.
Para aperfeiçoar os sistemas de negócios e de produção, há diversas tecnologias habilitadoras da indústria 4.0 que as organizações devem avaliar, como, por exemplo, Robotic Process Automation (RPA), Internet of Things (IoT), Big Data Abalytics, processamento em nuvem, entre outros.
As empresas também devem levar em consideração que, no futuro, poderá haver a entrada de plataformas interindustriais, ou seja, ao invés da fabricante fornecer um produto ao consumidor final, uma plataforma irá agrupar diversos fabricantes para ofertar serviços aos clientes, bem como agregar demandas de vários clientes, para buscar ganhos de escala aos fornecedores.
Além disso, é de suma importância que a organização estude a tendência digital da indústria no segmento em que está inserida e a tendência na sua cadeia de produção, do fornecedor ao cliente. Por fim, para atingir a transformação digital, a organização deve entender as regulamentações da indústria em que se encontra.
Contudo, vale ressaltar que o ponto central da transformação digital não é a digitalização em si, mas o resultado econômico financeiro: lucro líquido, retorno sobre investimento e caixa que devem ser positivamente impactados pela digitalização. A transformação digital ocorrerá de forma eficaz e sustentável à medida em que a empresa tiver a visão econômica de seu negócio.
Modelo Y – Transformação Digital
O modelo de referência que vem sendo adotado pela Produttare e e-Fact é o modelo Y, desenvolvido pelo professor August-Wilhelm Scheer. Na representação esquemática deste modelo, observa-se, num dos lados, os processos relacionados ao desenvolvimento de produto (time to market), e no outro, os processos relacionados à produção (time to customer).
Neste modelo, podemos verificar em que atividades e qual das tecnologias habilitadoras que auxiliam a empresa na sua transformação digital que são mais oportunas de serem inseridas, como data science, internet das coisas, robótica, manufatura aditiva, realidade aumentada, inteligência artificial, entre outras.
Transformação digital e a Engenharia de Produção Lucrativa
A transformação digital está diretamente ligada à engenharia de produção lucrativa, visto que, para alcançá-la, as organizações devem buscar a maximização de resultados e a redução dos custos.
Para auxiliar na maximização de resultados, a digitalização no processo de desenvolvimento de produtos deve acelerar os processos de inovação e viabilizar a adição de serviços no pacote de valor que será ofertado aos clientes daquele produto em questão, qualificando o portfólio e elevando o lucro da empresa. Aqui, estamos falando de soluções como CAD/CAE/CAM, PDM/PLM, simulação de processos, prototipação rápida com Manufatura Aditiva (impressoras 3D, por exemplo), produtos inteligentes com implementação de IoT, entre outras.
Já para redução de custos é necessário trabalhar com a digitalização da gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management), para aumentar a eficiência nos fluxos logísticos externos e internos, bem como para colaborar com a busca pela excelência operacional. Neste caso, estamos falando desde soluções como S&Op, Gestão de Demanda com Big Data Analytics e Inteligência Artificial, Planejamento de Capacidade x Demanda com otimização, soluções de programação avançada (APSs), soluções MES para apontamentos, poka yokes eletrônicos, gestão de alertas e cadeia de ajuda, andons eletrônicos, IoT, entre outras.
Um exemplo da caso prático: Ao inserirmos IoT em um compressor, pode parecer que está sendo trabalhado na digitalização, melhorando a eficiência operacional, mas quando inserirmos essa tecnologia em um bem de capital, podemos transformá-lo em um negócio. Ao invés de comprar um compressor, o cliente poderá comprar um serviço de aluguel do compressor, onde o fornecedor faz o rastreamento do compressor controlando a manutenção e prevenindo as paradas a partir dos dados gerados pela ferramenta de digitalização. A esse serviço podem também estar acoplados, além da manutenção preventiva, a gestão de eficiência e a disponibilização de informações relevantes para revisão de planejamento e programação de produção.