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Diversos sistemas de produção e ferramentas para auxiliar na gestão das organizações são encontrados na literatura. No entanto, é necessário adaptá-las cada uma à sua realidade.
André Dupont, sócio-consultor da Produttare, faz uma reflexão dos elementos que influenciam na construção de um modelo de sistema de produção das organizações e como construir um modelo ou aperfeiçoar o que elas já possuem.
Este vídeo foi extraído do evento on-line “Modelos de Produção vs Produção de Modelos – Vantagem competitiva se constrói, não se copia” onde é discutido o conhecimento acumulado pela Produttare em Sistemas de Produção. Clique aqui para assistir ao evento na íntegra.
Um dos elementos que podem influenciar na construção de um sistema de produção é a cultura da empresa. Mas muitas vezes surge a dúvida se é a cultura da empresa que influencia o modelo de produção ou se é o modelo de produção que influencia a cultura da empresa.
Dupont explica que dependerá do aspecto temporal, ou seja, ao olhar para o momento atual, recomenda-se que a cultura da empresa seja considerada na construção do modelo de produção, aumentando as chances de sucesso. Por outro lado, ao analisar ao longo de um período de tempo, observa-se que as pessoas mudam na organização e, assim sendo, o modelo anteriormente estabelecido influenciará na cultura da empresa.
Buscando a origem dos procedimentos estabelecidos, constata-se que muitas pessoas não a conhecem e apenas reproduzem os procedimentos. Logo, em algum momento, o procedimento foi construído e ao longo do tempo foi influenciando a cultura da empresa.
Outro elemento muito importante na construção de um modelo de produção são as pessoas, visto que elas são responsáveis pelo elemento de mudança e sua condução.
Encontra-se na literatura e nas boas práticas da indústria diversos modelos de sistemas de produção, mas é a partir da realidade de cada empresa, da cultura e das pessoas, que deve ser construído o modelo de sistema de produção.
Veja aqui uma revisão de oito tipos de sistema de produção, apresentados pelo CEO da Produttare Junico Antunes.
Independentemente do nível de maturidade, toda e qualquer empresa possui seu modelo de sistema de produção, visto que ela faz a gestão da produtividade, da programação da produção, da qualidade e da manutenção, entre outros.
As técnicas, ferramentas e processos podem ser bem ou mal executados, mas existem nas organizações, porém, muitos deles, encontram-se desconectados do processo da empresa.
Ao pensar na construção de um modelo de sistema de produção, é necessário que se busque algo que reflita os processos do dia a dia da organização, revisando aqueles que são necessários, mas, principalmente, conectando-os e dando utilidade a cada um.
Embora existam diversos modelos teóricos, a organização que aplicar um modelo exatamente de acordo com sua teoria terá grandes chances de não atingir o sucesso, visto que tal modelo foi desenvolvido num ambiente com características diferentes da sua.
Para a construção do seu modelo de sistema de produção, a organização deve levar em consideração as suas características, como traços culturais e técnicos, tipo de operação, mix de produtos e as relações com o mercado.
A organização precisa entender qual a percepção de valor do seu cliente, qual a vantagem competitiva que terá que desenvolver para manter ou melhorar o mercado que já tem ou para conquistar novos mercados.
Com esse entendimento interno e externo, a organização deverá analisar qual o que melhor poderá extrair de cada teoria, para conceber o seu próprio modelo de produção, podendo utilizar vários conceitos e ferramentas de vários modelos.
Um modelo de sistema de produção só existe por um motivo: atender ao mercado. Para isso, a empresa precisa entender o que faz com que o mercado compre o seu produto ao invés do concorrente.
A premissa inicial para construir um modelo de produção deve ser a de gerar resultado econômico-financeiro. A forma para fazer isso de maneira sustentável é entregando para o mercado a melhor opção de valor percebida por ele, de acordo com suas dimensões competitivas: tecnologia, qualidade, velocidade, prazo, flexibilidade e custo.
Para identificar se a organização está realmente conseguindo entregar mais valor dentro das dimensões competitivas desejadas, é necessário que o seu modelo seja medido por um sistema de indicadores.
Tendo como base os conceitos e pessoas qualificadas para gerenciar e conduzir o modelo de produção, este deve ser sustentado por processos bem definidos e estruturados e, caso surjam dúvidas no processo de gestão, é importante voltar à literatura clássica e revisar o modelo.
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