Blog da Produttare
Neste vídeo, Junico Antunes, CEO da Produttare, explica como definir metas para os indicadores de eficiência, como IROG e OEE, para empresas que possuem diferentes grupos de máquinas no mesmo processo produtivo.
A produtividade de uma máquina está diretamente relacionada ao seu tipo, como, por exemplo, injetoras, fresas ou prensas, mix de produtos, número de setups realizados, entre outros.
No vídeo é apresentada uma análise entre a eficiência ideal descrita na teoria e o que acontece na prática, para que seja definida com sabedoria a meta de eficiência para cada grupo de máquinas diferentes.
Meta universal de eficiência ideal
Com base no indicador usualmente utilizado pela Total Productive Management (TPM), Nakajima afirma que a meta ideal para a eficiência das máquinas é de 85%.
Entretanto, é preciso analisar se este número deve ser universal para o processo produtivo e para todos os diferentes tipos de máquinas.
Para equipamentos automatizados como injetoras, fresas e lasers, que são dedicados a um único produto ou a uma pequena variedade de produtos, possuindo, portanto, poucas ou nenhuma troca de ferramentas, e se encontram em boas condições de manutenção, pode-se chegar à uma eficiência igual ou superior a 85%.
Contudo, em máquinas como prensas e dobradeiras, que possuem grande variedade de produtos com lotes de fabricação pequenos, é difícil atingir a meta de 85% de eficiência operacional.
Isso significa que deverão ser adotados indicadores compatíveis, utilizando-se métodos como a Gestão do Posto de Trabalho - GPT.
Diferenciando um grupo de máquinas
Junico esclarece que, a partir de pesquisa realizada na base de dados da eFact, empresa integrante do Grupo Produttare, e que realiza o monitoramento de mais de 3 mil máquinas de diferentes tipos, em empresas de diversos segmentos industriais, pôde-se constatar que a eficiência varia de acordo com cada grupo de máquina, em função das características dos processos produtivos, mesmo em máquinas semelhantes.
Observa-se que, de acordo com o tipo de máquina, como prensas, tornos e serras, a produtividade varia. Também pode variar de acordo com o mix de produtos ou o número de setups realizados no dia.
Assim, máquinas diferentes, com situações distintas sob o ponto de vista técnico e da utilização, e que possuem diferença na variedade de produtos, deverão constituir grupos de máquinas diferentes e, consequentemente, terem metas distintas definidas
Definindo a meta ideal para cada grupo de máquinas
Com base no banco de dados da eFact, bem como em experiências práticas, para cada grupo de máquinas deve-se definir metas de eficiência diferentes, ao longo do tempo específico para cada grupo, criando-se uma jornada coerente a partir da utilização de metodologias robustas.
Cada empresa deverá estipular metas para cada grupo de máquinas, de acordo com a realidade praticada no seu dia a dia, levando em consideração o histórico da máquina, o mix de produtos e os objetivos da organização.
Tendo em vista as diferenças entre os grupos de máquinas, é necessário definir metas realistas para cada um, com o objetivo de evitar que operadores, líderes e gerentes sintam-se frustrados com os resultados obtidos.
É importante ressaltar que, antes de realizar análise de novos investimentos, deve-se buscar melhorias para o alcance das metas, elevando-se a utilização dos ativos com metas realistas, sem a realização de investimentos significativos.