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Índices de Eficiência. Uma breve explicação
Quais equipamentos de um sistema produtivo deve ser controlada a eficiência? E quais são as razões para que a eficiência desses equipamentos seja controlada?
Os sistemas produtivos são constituídos de muitos equipamentos e pessoas, o que caracteriza a visão de totalidade da experiência produtiva. Evidentemente, é necessário analisar a eficiência dos equipamentos para melhor utilização dos ativos. Para isso, é essencial saber quais equipamentos devem ser controlados.
A Teoria das Restrições
A resposta está na Teoria das Restrições. Segundo ela, alguns poucos equipamentos são responsáveis pelo desempenho geral da empresa. Existem fundamentalmente dois tipos de recursos diferentes que devem ser controlados:
- Recursos Gargalos;
- e Recursos com Capacidade Restrita (CCR).
Um Gargalo é caracterizado quando a capacidade de produção desse recurso é menor do que a demanda. Os Recursos Gargalos apresentam-se em pequena quantidade dentro do sistema produtivo.
Já o CCR é um recurso cuja capacidade, em geral, é maior do que a demanda, porém em função de alguns níveis de ineficiência (problemas associados a matéria-prima, a programação, entre outros) esse recurso às vezes atrapalha o sistema de produção e restringe a produção global do sistema, se comportando como um Recurso Gargalo.
Além desses, um sistema produtivo é constituído também de um conjunto de equipamentos que não são nem Gargalos, nem CCRs. São recursos que existem na empresa, mas que não limitam a capacidade de produção e a entrega dos produtos aos clientes.
Logo, segundo a Teoria das Restrições, indica-se controlar preferencialmente os Recursos Gargalos e os CCRs. Esses dois recursos são os mais importantes para serem analisados e melhorados dentro de um sistema de produção e, portanto, devem ser medidos.
O que medir?
O Índice de Eficiência Global, ou Overall Equipment Effectiveness (OEE), e Total Effectiveness Equipment Performance (TEEP) são conceitos importantes nesse contexto. Isso porque eles deixam claro quais os recursos que é preciso controlar com os índices de eficiência, e quais recursos que é preciso controlar de outra maneira, porque não são nem Gargalos, nem Recursos com Capacidade Restrita.
Visando facilitar essa diferenciação, no livro “A Gestão Lucrativa dos Postos de Trabalho” foi proposta a adoção de um indicador maior, chamado de Índice de Rendimento Operacional Global (IROG). O IROG pode ser dividido na medição do OEE e na medição do TEEP.
Como medir?
O IROG baseado no TEEP deve ser usado nos Recursos Gargalos, porque nestes é necessário utilizar todo o tempo disponível. Ou seja, na fórmula descrita a seguir, o tempo global de operação (T) consiste no tempo máximo (tempo calendário). Em algumas empresas, por exemplo, pode ser 3 turnos, 7 dias por semana. Em alguns recursos pode ser utilizado o máximo da sua capacidade, por exemplo, 10 horas por dia durante 5 dias por semana.
Equação 1 - Eficiência global de um posto de trabalho
Já se utilizar o máximo de tempo em outras máquinas, serão formados estoques desnecessários no sistema de produção. Dessa forma, nesses recursos que não são Gargalos, é preciso medir o OEE. Isso significa que ao invés de eu usar todo tempo disponível da máquina, o tempo T indicado na equação 1 é o período programado para a máquina funcionar sem gerar estoques.
Conclusão
As máquinas mais importantes a serem medidas são Gargalos, cuja a capacidade é menor que a demanda, e as máquinas com Recursos Restritivos (CCRs), que tem muitas vezes a capacidade próxima a demanda e, se mal gerenciadas, podem se transformar em restrições. Em caso de máquinas Gargalos, calcula-se o TEEP, enquanto para os recursos não restritivos, utiliza-se o OEE. Esses conceitos geraram a necessidade de criar a nomenclatura única Índice de Rendimento Operacional Global dos Equipamentos (IROG).