Os desafios e as oportunidades da exportação

Os desafios e as oportunidades da exportação

Blog da Produttare

A pandemia causou um grande impacto no mercado nacional e internacional. Embora alguns setores estejam tendo dificuldades, outros se beneficiaram da desvalorização da moeda nacional, que proporciona ótimas oportunidades para as empresas exportadoras brasileiras.

Confira a apresentação de Edmilson Milan, sócio-diretor da Produttare Internacional, sobre os desafios e as oportunidades da exportação como vantagem competitiva para as empresas no Brasil.

Este vídeo foi extraído do evento on-line "Os desafios e as oportunidades da exportação como vantagem competitiva das empresas", no qual podemos acompanhar um excelente debate entre Edmilson, Junico Antunes, CEO da Produttare, e João Furtado, economista e diretor na Elabora. Clique aqui para assistir ao webinar na íntegra.

 

Envolvimento dos administradores na atividade exportadora

Quando uma empresa inicia sua atividade exportadora, ela ainda tem sua atuação muito direcionada ao mercado interno, visto que são as vendas internas que dão a estabilidade financeira.

Um processo de exportação é mais complexo que uma venda doméstica, pois a empresa terá que vender para outro país, outra moeda, outra legislação, outra cultura, além de ser mais distante.

Por isso, é necessário o envolvimento da alta direção da empresa, em todas as organizações que estiverem começando ou que já estiverem com suas atividades exportadoras em andamento, para que estejam preparados e para que não se interrompa o processo frente a primeira dificuldade.

Quando uma empresa entra num processo exportador de forma persistente, organizada, planejada e buscando o crescimento da empresa por meio das exportações, ela terá acesso à novas tecnologias, novas formas de negociação, acompanhará seu mercado de forma mundial e trará todo este conhecimento para o desenvolvimento de sua empresa. 

Assim, ela terá que melhorar seus processos para ser mais competitiva no mercado externo e, consequentemente, terá benefícios no mercado interno. Esta busca por melhoria e competitividade que a exportação traz, faz com que ela se torne importante para as organizações.

 

Produtos com qualidade superior ou características únicas

Para ter sucesso na venda externa, as indústrias brasileiras precisam ter produtos com qualidade superior ou características únicas. Por isso, a importância de estarem sempre buscando processos de inovação.

Ao analisarmos as indústrias, percebemos que o mais importante é o produto. Havendo um bom produto e bem posicionado, a empresa consegue competitividade e uma boa rentabilidade no mercado externo, na maioria das vezes melhor que o mercado interno.

Trazendo um exemplo: a carne de frango no mercado interno possui alta concorrência e baixa rentabilidade em relação à exportação. Cerca de dois terços da carne de frango in natura consumida no Japão é oriunda do Brasil, com alta rentabilidade.

O produto deve ser adaptado às diferentes culturas mundiais, que impactam leis, costumes, necessidades de clientes e preferências. Um exemplo é a carne de vaca, muito consumida no Brasil, mas que na Índia, por ser considerada um animal sagrado, tem seu consumo proibido. A apresentação da carne de vaca também é vista de forma diferente nos Estados Unidos, sendo consumida sempre com condimentos.

 

Ferramentas governamentais de apoio às exportações

Algumas empresas enfrentam dificuldades para iniciar ou manter as atividades exportadoras, pois no Brasil não há um planejamento para o comércio exterior, além de as questões logísticas serem mais complexas.

Por outro lado, o Brasil possui ferramentas de apoio disponibilizadas pelo governo das quais poucas organizações utilizam, como a Drawback e a PROEX Financiamento.

O Drawback é uma ferramenta que permite importar ou comprar no mercado interno para produzir mercadoria e exportar sem pagar tributos. Menos da metade das exportações brasileiras utiliza deste benefício.

O PROEX é um financiamento a juros baixíssimos, o mais baixo do mundo. A empresa exporta, dá uma garantia ao governo e recebe o valor à vista, com juros baixos. A união possui orçamento de 2 bilhões de reais para este financiamento, sendo que normalmente não se utiliza a metade.

Receita de exportação e a taxa de câmbio

É necessário que o marketing, logística e produção estejam bem coordenados e sintonizados para dar suporte à exportação. No entanto, o que realmente trará rentabilidade para a empresa é a moeda estrangeira multiplicada pela taxa de câmbio.

A moeda estrangeira é o faturamento, de forma que, quanto mais exportar, mais faturamento a empresa terá. Entretanto, quando o pagamento chega ao Brasil, possui uma taxa de câmbio, que deve ser negociada com as instituições financeiras.

Sabe-se que o câmbio é variável e muitas empresas temem perder as melhores condições de câmbio. Porém, existem instrumentos que protegem o exportador contra essa variação por um ano ou mais.

 

Custos: preocupação constante

Custos são uma preocupação constante na exportação pela competitividade e pela busca constante por inovação.

Por isso, as organizações devem estar atentas aos processos de exportações, praticando o Lean Office nas suas operações e fazendo análises permanentes nas suas questões logísticas.

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